segunda-feira, 15 de julho de 2013

A intuição feminina e a criação científica

      A intuição sempre fez parte da produção científica feminina. Ao começar um trabalho científico a mulher já começa um passo à frente devido à sua capacidade de intuir os caminhos e os possíveis resultados a que quer chegar.
      A produção científica não é, ao contrário do que possa parecer, uma atividade robótica, extremamente metódica. O método aparece apenas como consequência de uma série de ideias originais que antecedem o trabalho propriamente dito. É nesse momento, principalmente, que vale a originalidade, a experiência e o sentimento feminino para definirem as bases de um trabalho. Nesse ponto, que a mulher por sua natureza mais reflexiva e sensibilidade mais apurada tende a tomar as decisões certas sobre que caminhos seguir para completar a tarefa.
      Já no caso dos resultados a intuição é tão forte que se costuma partir deles para a construção do trabalho científico: A pessoa observa um fenômeno, mesmo que seja apenas uma vez. A certeza de que se trata de um fato digno de registro científico é tão grande, devido a um sentimento interno da mulher, que o objetivo do trabalho passa a ser a comprovação e o registro de como aquilo aconteceu. Ou seja, basta observar o fenômeno já conhecido, obter dados, sistematiza-los, fazer as comparações teóricas e produzir as conclusões.
      Seja descobrindo como fazer um trabalho científico ou determinando onde quer chegar, a intuição feminina é um passo à frente na obtenção de resultados científicos. Ao contrário do que se pode imaginar, o sentimento interno também pode influenciar positivamente, e muito, o desenvolvimento de uma pesquisa e a produção de conhecimento.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Os Zumbis do Bolsa Família

Não são todos, com certeza!
Muita Gente Boa já firmou o pé, confiando no dinheiro do Bolsa Família.
Esse pessoal, boa parte das vezes, é o mesmo que, ao primeiro pedido, se apresenta para pedir a suspensão do benefício.

Só para dar um exemplo;

Em um Município de Minas Gerais, um mecânico e sua esposa, professora, voltaram de São Paulo havia uns 3 anos.
Quando entrevistados pelo pessoal da Assistência Social da Cidade, não negaram nenhuma informação. Contaram das rendas que tinham e de quanto ganham e quantas pessoas vivem na casa. Tudo com educação e cortesia. Nada de uma atitude de reserva ou de ficar na defensiva em relação a quaisquer assuntos.
Falando sobre o retorno à sua terra, contaram das dificuldades que tiveram ao voltar para casa e demonstraram boa vontade, até, se fosse o caso, de pedirem o cancelamento. 
Existem vários outros casos semelhantes em que o Bolsa Família é útil em um determinado momento. Mas ao longo do tempo passa a ser dispensável à medida que a família vai melhorando as condições de vida. 

Entretanto, como cabe ao ser humano, sempre existem os absurdos por aí... 
Mas tem uma turminha complicada recebendo esse dinheiro. 
Bastam duas cenas para entender como essas pessoas vivem:

Cenário I
A assistente social tenta fazer uma entrevista às 08:00 hs da manhã que é quando começa o expediente. 
Sem chance, pois ninguém atende a porta. A impressão que se tem é de que a casa está vazia ou de que estão todos mortos. 
Em alguns casos, as visitas JÁ são agendadas à tarde por que a família "visitada" não atende, em hipótese nenhuma, durante a manhã. 
Somente depois de 13 ou 14 horas é possível fazer um contato imediato de 3º grau com os indigentes. 

Cenário II 
Durante as visitas feitas por volta das 3 ou 4 horas da tarde, a assistente social e outros funcionários da prefeitura tem enorme dificuldade em serem atendidos. 
Quando, depois de muito tempo, alguém sai à porta, percebe-se que a pessoa procurada estava dormindo.
Ao entrar na casa, qual não é a surpresa de ver que havia mais 4 ou 5 pessoas, e que ninguém se deu ao trabalho, sequer, de ABRIR a porta e ver quem era...
Encontrado esse quadro, há grande possibilidade de a família citada, incluindo pais, avós, cachorros, patos e galinhas estarem assistindo novelas mexicanas ou outros programas tão informativos quanto.
E o funcionário que precisa cumprir sua tarefa fica lá fora esperando, à mercê da boa vontade dessa gente. 

Geralmente, essas são as mesmas pessoas para as quais nenhum programa de incentivo funciona.
Não participam das atividades propostas pelas prefeituras em apoio ao bolsa família;
Os filhos vão à escola mas não apresentam desenvolvimento nenhum e atrapalham os que tem alguma chance.
O dinheiro recebido é gasto, boa parte, pelo menos, em bebidas alcoólicas e jogos de azar. 
As iniciativas de incentivo ao desenvolvimento pessoal como o projovem ou qualquer outra iniciativa dos municípios são procuradas apenas em função dos benefícios imediatos como o lanche ou o dinheiro das respectivas bolsas. 
A médio e longo prazo, essas serão as mesmas pessoas, tão conhecidas nos municípios do interior, que MESMO RECEBENDO VÁRIOS BENEFÍCIOS, vivem nas portas das prefeituras pedindo mais um dinheirinho para o gás ou para o aluguel.
E O PIOR É QUE CONSEGUEM. Prefeitos, outros políticos e até os funcionários mais bem intencionados são obrigados a fazerem esse tipo de caridade devido à opinião pública que, certamente, ficará do lado destes pedintes. 
Quase ninguém reconhece o problema, mas o assunto já faz parte do senso comum dos profissionais ligados às áreas sociais. Caberia a aplicação de questionários e a sistematização do assunto por intelectuais da área. 
Claro que existem as exceções e as pessoas que realmente passam por dificuldades. Mas a expressão MOMENTÂNEA tem grande peso na hora de definir entre os casos esporádicos e os patológicos. 
Ninguém fala em números desse tipo de pessoa, mas que deve ser relevante deve. Caberia pelo menos uma pesquisa por parte do governo de quantas pessoas se encaixam em tal perfil. De posse dessas informações seria possível dirigir políticas públicas mais objetivas e mais incisivas para diminuir essa população.  


Encontrar os defeitos e não apresentar a solução é fácil. 
Neste caso, o trabalho é longo... 
Passa, necessariamente, pela educação, mas há que se pensar, certamente, em coerção. 
Afinal, o dinheiro gasto com essas pessoas é do público, que trabalha. 

Por fim, a notícia boa!

O Bolsa Família dá lucro para o governo, ou melhor, OS GOVERNOS.
Está na reportagem do Estadão e já foi discutido em outros trabalhos de universidades.
Os valores ganhos com os impostos é maior do que o gasto com as famílias.
Até os maiores defensores têm argumentos para provar o impacto positivo sobre as contas do governo:

"Porque injetar dinheiro em comunidades pobres é interessante para a circulação do capital. Lição simples de história econômica geral." - Por Carol Bazzo

Tanto os argumentos, quanto os efeitos positivos do Bolsa Família são indiscutíveis. 
Mas, que os relatos acima possam demonstrar que há riscos, sim, nas ações assistencialistas.
Somente a educação continuada, a autocrítica do programa  e a discussão sobre o assunto é que podem garantir um quadro duradouro e positivo para esse tipo de programa.








terça-feira, 9 de julho de 2013

Um vulcão de qualidade e eficiência - Uma visita ao Etna

Estamos em Belo Horizonte, num quatro de julho.
Poderia ser apenas mais um aniversário da independência dos Estados Unidos.
Mas minha brilhante namorada quis ir ao Etna.
Tudo bem. Vulcão, fogos de artifício, tudo é fogo é calor... 
Primeira vez que entro na tal empresa. Estacionamento apertado com aventuras arriscadas de ter que invadir a contramão para guardar o carro. Começa aí. 
Depois, a promoção de "até 70%" que deve valer apenas para uns 2 ou 3 itens, dos quais, direito meu, não vi nenhum. Preços bem mais altos em geral, que os de lojas comuns. Muito poucos itens são "compráveis". 
Andando pela loja, não se pode voltar atrás, principalmente se estiver com carrinho. Há um percurso definido que deve ser seguido como numa romaria. 
Cismamos de lanchar. apenas um cliente estava na nossa frente. Fui ao banheiro e voltei e o cliente que estava no caixa, ainda não tinha conseguido fazer o pedido, tamanha a competência e a boa vontade das funcionárias. 
Pegamos o lanche. que se registre: uma torta de frango e uma lata de suco de pêssego para os dois dividirmos. 
Sentamos, lanchamos e fomos tentar pagar. Simplesmente as duas funcionárias que estavam atrás do balcão, que não eram a caixa, não nos perceberam. E ficamos ali parados. 
Até quando contar ou marcar o tempo no relógio para ser atendidos? E ficamos... Ficamos... Ficamos... Ficamos... e Ficamos. E ainda esperamos mais um pouquinho depois disso. 
Calmamente, como deveria ser, falei com a namorada. "Já deu, né?"... E fomos saindo com nossas compras. Ficamos mais meia hora rodando pela loja. Cheguei a abordar um empregado e informar que não havia pagado meu lanche e que estava à disposição para fazer isso. Com a humilde condição de que houvesse alguém no caixa para recebê-lo. 
Até teria lembrado, talvez, de pedir para pagar o lanche na hora de passar as minhas parcas comprinhas. Mas a fila ficou enorme. 
No altofalante alguém avisou: "Fulana e beltrana: frente de caixa". Aí a fila andou. Mas como lembrar do pagamento do lanche nessa bagunça toda? Acabou que, depois de bastante tempo, consegui abandonar tal navio. Novamente a aventura de fazer as curvas na contramão para sair. E finalmente ganhei a rua. 
Que alívio! 
A vontade voltar não é muito grande. E a de não voltar e até de ver a loja fechada é muito maior. 
Não é pelos vinte centavos, ou melhor R$10,00 do lanche. Só mandar a boleta que eu pago.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Nem por 20 centavos, muito menos por R$10,00

Dia 04 de julho de 2013.
Poderia ser apenas mais um aniversário da independência dos Estados Unidos.
Mas minha brilhante namorada quis ir ao Etna.
Tudo bem. Vulcão, fogos de artifício, tudo é fogo é calor...
Primeira vez que entro na tal empresa. Estacionamento apertado com aventuras arriscadas de ter que invadir a contramão para guardar o carro. Começa aí.
Depois, a promoção de "até 70%" que deve valer apenas para uns 2 ou 3 itens, dos quais, direito meu, não vi nenhum. Preços bem mais altos em geral, que os de lojas comuns. Muito poucos itens são "compráveis".
Andando pela loja, não se pode voltar atrás, principalmente se estiver com carrinho. Há um percurso definido que deve ser seguido como numa romaria.
Cismamos de lanchar. apenas um cliente estava na nossa frente. Fui ao banheiro e voltei e o cliente que estava no caixa, ainda não tinha conseguido fazer o pedido.
Pegamos o lanche. que se registre: uma torta de frango e uma lata de suco de pêssego para os dois.
Sentamos, lanchamos e fomos tentar pagar. Simplesmente as duas funcionárias que estavam atrás do balcão não nos perceberam. E ficamos ali parados.
Até quanto contar ou marcar o tempo no relógio para ser atendidos? E ficamos... Ficamos... Ficamos... Ficamos... e Ficamos. E ainda esperamos mais um pouquinho depois disso.
Calmamente, como deveria ser, falei com a namorada. "Já deu, né?"... E fomos saindo com nossas compras. Ficamos mais meia hora rodando pela loja. Cheguei a abordar um empregado e informar que não havia pagado meu lanche e que estava à disposição para fazer isso. Com a humilde condição de que houvesse alguém no caixa para recebê-lo.
Até teria lembrado, talvez, de pedir para pagar o lanche na hora de passa as minhas parcas comprinhas. Mas a fila ficou enorme.
No altofalante alguém avisou: "Fulana e beltrana: frente de caixa". Aí a fila andou. Mas como lembrar do pagamento? Acabou que, depois de bastante tempo, consegui abandonar tal navio. Novamente a aventura de fazer as curvas na contramão para sair. E finalmente ganhei a rua.
Que alívio.
A vontade voltar não é muito grande. E a de não voltar e até de ver a loja fechada é muito maior.
Não é pelos vinte centavos, ou melhor R$10,00 do lanche. Só mandar a boleta que eu pago.