terça-feira, 3 de abril de 2012

Politicamente correto é fascismo dIsfarçado

           O Fascismo "seleciona e dizima o ser inferior e seleciona os bravos, os fortes.". Sendo assim, quando se vão dispondo que o correto é reciclar o lixo, de não se deve fumar, de que não se deve beber, de que se deve dirigir o mais devagar que se puder. Andar armado então, já é crime só em se cogitar. Nesse clima, em que todas as liberdades individuais são questionáveis percebe-se que se vai criando um tipo ideal de cidadão que é o que interessa ao Estado. 
            O disfarce surge da máscara de bondade com que os políticos se vestem para aplicar essa receita ao povo. É muito fácil que mesmo os melhores políticos, os que possuem uma história de boas lutas, de boas conquistas para a comunidade venham a ser fisgados pela ambição de querer legislar sobre a vida das pessoas. Esse carisma que esses políticos bem recomendados utiliza para impor ao povo os seus ditames é muito característico do fascismo: Hitler se ancorou nisso para subir e o mesmo aconteceu na Itália, só que de forma menos velada e mais sistemática.  
            As intenções são sempre as melhores possíveis: evitar o risco de bêbados (mesmo os que não fizeram mais que dividir uma garrafa de vinho com a esposa); evitar o consumo indireto de cigarro pelos passantes nos parques e outros ambientes abertos; que as sacolas de plástico não entupam os esgotos. Também se espera que os deslocamentos de carro sejam ainda mais lentos mesmo quando o trânsito o permite, o que é raro. 
            Porém outros interesses também são bem atendidos: Os amigos dos amigos são os escolhidos para vender as sacolinhas de plástico degradável. Os radares são operados por empresas terceirizadas com contratos duvidosos dos quais nunca se sabem os detalhes todos e que em anos de eleição se tornam mais evidentes e cínicos ainda. Só faltam terceirizar a fiscalização do fumo e da bebida para que possam dirigir "melhor" o destino dos lucros auferidos. Todos os dias surge um novo selo, uma nova forma de controle dos procedimentos INTERNOS das empresas que só vem a enriquecer um monte de gente que interferiu positivamente naquele processo de aumento das rendas da turminha. 
            Com tudo isso, vão se revelando outros aspectos de semelhança com o fascismo: Não se trata de marxismo, não se trata de liberalismo, trata-se de criar uma elite de grandes recebedores de recursos que faz a gestão em alto nível dos sistemas implantados sobre a crença popular. Por outro lado, no meio do populacho, se vai criando a imagem ideal de um cidadão: aquele que não bebe, não fuma, recicla seu lixo, tem dois, três carros e ainda dá caronas para o trabalho, compra tudo com selos e mais selos que são criados o tempo todo.  
           Sobretudo, esse cidadão ideal desconhece o mal que se abate sobre sua própria carne, a exemplo dos melhores homens e mulheres que se negavam a ver as atrocidades do fascismo na Itália e na Alemanha. É aguardar e ver aonde se vai chegar.