terça-feira, 14 de maio de 2013

Armadilhas para si mesmos...

         As próprias pessoas preparam as armadilhas para si mesmas.
         Arranjam mais filhos que conseguem cuidar.
         Vão morar mais longe do que conseguem administrar.
         E ainda optam por terem bichos de estimação.
         No trabalho, escolhem os caminhos mais difíceis para tudo e acabam trabalhando mais que todo mundo.
         Há pessoas que parecem se esmerar em sair por aí, inventando formas de se sobrecarregar, e vão, inclusive combinando duas ou mais dessas coisas.
          Muitas pessoas não se conformam com apenas um ou dois filhos. Para muita gente boa, era melhor reconhecer a própria incompetência e não se aventurarem nesse caminho. Mas não. O impulso controla a cabeça e vão aumentando os filhos ao custo do seu conforto e, é claro, prejudicando as chances de os filhos serem bem criados com conforto e educação.
           Os bichos de estimação são tudo de bom. Dão carinho, afeto e presenteiam as pessoas com aqueles olhares mais doces e as gracinhas que fazem. Mas necessitam de cuidados. Além da alimentação, do carinho, e de atenção, eles pedem mais ainda. Todo o cuidado com a higiene é pouco, mesmo por que, na maioria das vezes, os resultados não são muito bons. Resumindo: Dão trabalho, e muito.
           O condomínio distante é um convite à mudança. Uma casa com quintal, brinquedos para as crianças, espaço para os bichos. Só, que o sujeito tem que sair uma hora antes e gasta uma hora a mais para voltar. O resultado é que o tempo que tem disponível em casa fica reduzido em pelo menos umas duas horas. Isso fica pior quando se considera que a ideia era fazer a casa para poder aproveitá-la. Mas, não. O tempo extra vai todo embora no trânsito.
          O trabalho exagerado e mal pensado é outra marca registrada das auto armadilhas. Lembretes, roteiros bem estabelecidos, contato pessoal e uso do telefone não são usados como poderiam ser. Como num ritual de auto flagelação, o coitado vai escolher tudo da pior maneira possível para fazer. E acaba trabalhando mais que todos, e fazendo as pessoas trabalharem com ele.
          A imaginação dos condenados por si mesmos é enorme. Matricular as crianças para estudar do outro lado da cidade. Ir ver os pais em outro bairro todos os dias. Escolher um pet shop ou um salão de beleza lá no fim do mundo. Nunca mudar o caminho para ir ao trabalho ou a algum lugar para tentar melhorá-lo também é muito importante.
          A criatividade é muito grande.
          Somente a tentativa constante de melhorar as condições de vida para si mesmo e para a família pode fazer com que esse quadro triste mude um pouco. Um pouco de bom senso ao fazer as escolhas, já visualizando o futuro que elas fornecem pode trazer um bônus enorme de tranquilidade e bem estar.

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