quinta-feira, 11 de julho de 2013

Os Zumbis do Bolsa Família

Não são todos, com certeza!
Muita Gente Boa já firmou o pé, confiando no dinheiro do Bolsa Família.
Esse pessoal, boa parte das vezes, é o mesmo que, ao primeiro pedido, se apresenta para pedir a suspensão do benefício.

Só para dar um exemplo;

Em um Município de Minas Gerais, um mecânico e sua esposa, professora, voltaram de São Paulo havia uns 3 anos.
Quando entrevistados pelo pessoal da Assistência Social da Cidade, não negaram nenhuma informação. Contaram das rendas que tinham e de quanto ganham e quantas pessoas vivem na casa. Tudo com educação e cortesia. Nada de uma atitude de reserva ou de ficar na defensiva em relação a quaisquer assuntos.
Falando sobre o retorno à sua terra, contaram das dificuldades que tiveram ao voltar para casa e demonstraram boa vontade, até, se fosse o caso, de pedirem o cancelamento. 
Existem vários outros casos semelhantes em que o Bolsa Família é útil em um determinado momento. Mas ao longo do tempo passa a ser dispensável à medida que a família vai melhorando as condições de vida. 

Entretanto, como cabe ao ser humano, sempre existem os absurdos por aí... 
Mas tem uma turminha complicada recebendo esse dinheiro. 
Bastam duas cenas para entender como essas pessoas vivem:

Cenário I
A assistente social tenta fazer uma entrevista às 08:00 hs da manhã que é quando começa o expediente. 
Sem chance, pois ninguém atende a porta. A impressão que se tem é de que a casa está vazia ou de que estão todos mortos. 
Em alguns casos, as visitas JÁ são agendadas à tarde por que a família "visitada" não atende, em hipótese nenhuma, durante a manhã. 
Somente depois de 13 ou 14 horas é possível fazer um contato imediato de 3º grau com os indigentes. 

Cenário II 
Durante as visitas feitas por volta das 3 ou 4 horas da tarde, a assistente social e outros funcionários da prefeitura tem enorme dificuldade em serem atendidos. 
Quando, depois de muito tempo, alguém sai à porta, percebe-se que a pessoa procurada estava dormindo.
Ao entrar na casa, qual não é a surpresa de ver que havia mais 4 ou 5 pessoas, e que ninguém se deu ao trabalho, sequer, de ABRIR a porta e ver quem era...
Encontrado esse quadro, há grande possibilidade de a família citada, incluindo pais, avós, cachorros, patos e galinhas estarem assistindo novelas mexicanas ou outros programas tão informativos quanto.
E o funcionário que precisa cumprir sua tarefa fica lá fora esperando, à mercê da boa vontade dessa gente. 

Geralmente, essas são as mesmas pessoas para as quais nenhum programa de incentivo funciona.
Não participam das atividades propostas pelas prefeituras em apoio ao bolsa família;
Os filhos vão à escola mas não apresentam desenvolvimento nenhum e atrapalham os que tem alguma chance.
O dinheiro recebido é gasto, boa parte, pelo menos, em bebidas alcoólicas e jogos de azar. 
As iniciativas de incentivo ao desenvolvimento pessoal como o projovem ou qualquer outra iniciativa dos municípios são procuradas apenas em função dos benefícios imediatos como o lanche ou o dinheiro das respectivas bolsas. 
A médio e longo prazo, essas serão as mesmas pessoas, tão conhecidas nos municípios do interior, que MESMO RECEBENDO VÁRIOS BENEFÍCIOS, vivem nas portas das prefeituras pedindo mais um dinheirinho para o gás ou para o aluguel.
E O PIOR É QUE CONSEGUEM. Prefeitos, outros políticos e até os funcionários mais bem intencionados são obrigados a fazerem esse tipo de caridade devido à opinião pública que, certamente, ficará do lado destes pedintes. 
Quase ninguém reconhece o problema, mas o assunto já faz parte do senso comum dos profissionais ligados às áreas sociais. Caberia a aplicação de questionários e a sistematização do assunto por intelectuais da área. 
Claro que existem as exceções e as pessoas que realmente passam por dificuldades. Mas a expressão MOMENTÂNEA tem grande peso na hora de definir entre os casos esporádicos e os patológicos. 
Ninguém fala em números desse tipo de pessoa, mas que deve ser relevante deve. Caberia pelo menos uma pesquisa por parte do governo de quantas pessoas se encaixam em tal perfil. De posse dessas informações seria possível dirigir políticas públicas mais objetivas e mais incisivas para diminuir essa população.  


Encontrar os defeitos e não apresentar a solução é fácil. 
Neste caso, o trabalho é longo... 
Passa, necessariamente, pela educação, mas há que se pensar, certamente, em coerção. 
Afinal, o dinheiro gasto com essas pessoas é do público, que trabalha. 

Por fim, a notícia boa!

O Bolsa Família dá lucro para o governo, ou melhor, OS GOVERNOS.
Está na reportagem do Estadão e já foi discutido em outros trabalhos de universidades.
Os valores ganhos com os impostos é maior do que o gasto com as famílias.
Até os maiores defensores têm argumentos para provar o impacto positivo sobre as contas do governo:

"Porque injetar dinheiro em comunidades pobres é interessante para a circulação do capital. Lição simples de história econômica geral." - Por Carol Bazzo

Tanto os argumentos, quanto os efeitos positivos do Bolsa Família são indiscutíveis. 
Mas, que os relatos acima possam demonstrar que há riscos, sim, nas ações assistencialistas.
Somente a educação continuada, a autocrítica do programa  e a discussão sobre o assunto é que podem garantir um quadro duradouro e positivo para esse tipo de programa.








Nenhum comentário:

Postar um comentário