O que são
cooperativas de crédito?
Supostamente,
seriam entidades criadas para satisfazer os interesses de crédito e
acumulação de poupança de determinados grupos. Os empregados de
uma empresa, vários pequenos investidores, pequenos produtores
rurais.
Como deviam
funcionar?
Pequenas
contribuições mensais formariam um caixa principal, um valor
inicial a partir do qual seria possível fazer alguns empréstimos.
Também caberiam contribuições um pouco maiores que fariam parte do
capital da cooperativa e que aumentariam a participação do
cooperado no patrimônio líquido da entidade.
Também
poderiam ser feitas aplicações financeiras normais, como é feito
num banco de investimento. As sobras, o que seria o lucro nas
operações de empréstimo e aplicações da cooperativa no mercado,
seriam rateadas proporcionalmente ao patrimônio de cada
participante, no fechamento do balanço, no início de cada ano,
baseando-se no resultado do ano anterior.
O que pode dar
errado?
O problema é
que por causa da ambição, do desconhecimento ou da má intenção
dos seus diretores, algumas vezes essas sobras, ou os lucros com as
operações do ano anterior não são devidamente distribuídos.
Depois de anos e anos pagando mais de 10% sobre o valor acumulado de
patrimônio, as cooperativas têm coragem de começar a pagar somente
4 ou 5%.
Outras, pior
ainda, sempre acumulam valores pequenos nos patrimônios de cada
participante, que nunca reclamam pois não param para fazer as contas
ou não se importam devido ao valor investido ser muito baixo.
Claro que no
meio disso aí ainda pode haver várias sacanagens que não são de
conhecimento público. Podem estar sendo pagos aluguéis, viagens,
contas telefônicas ou várias outras “benesses” aos seus
diretores ou protegidos. O pequeno investidor, a exemplo do mercado
financeiro é o mais prejudicado pois não tem condições
intelectuais e mesmo materiais de sequer imaginar o quanto pode estar
sendo roubado.
E a lei, não
faz nada a respeito, não?
A legislação
é toda preparada por grupos de interesse que possuem maneiras
especiais de influenciar na criação das normas. Um político bem
tratado aqui, um burocrata colocado no local certo ali. E vão sendo
criadas as condições plenamente legais para que não possa se
criticar, muito menos processar legalmente os diretores para que a
divisão dos lucros seja feita de maneira mais correta.
Recentemente o Banco Central publicou alguma coisa que proibiu que as cooperativas pagassem mais que a taxa selic como remuneração de seus sócios. Como assim? Então o lucro das empresas também deverá ser limitado? A cooperativa é uma iniciativa capitalista e que não pode ser limitada por uma canetada. Neste universo geral de sacanagem, alguns acréscimos são bem mais que um cerejinha. Na realidade, são mais uma melancia detonada em cima do bolo dos outros.
Recentemente o Banco Central publicou alguma coisa que proibiu que as cooperativas pagassem mais que a taxa selic como remuneração de seus sócios. Como assim? Então o lucro das empresas também deverá ser limitado? A cooperativa é uma iniciativa capitalista e que não pode ser limitada por uma canetada. Neste universo geral de sacanagem, alguns acréscimos são bem mais que um cerejinha. Na realidade, são mais uma melancia detonada em cima do bolo dos outros.
E piora?
Claro!
Antigamente, tais entidades eram autônomas e respondiam diretamente
ao Banco Central. Por causa de algum evento desconhecido do grande
público mas devidamente explicável por vários outros
acontecimentos envolvido a política brasileira dos últimos anos,
não existe mais o nome da entidade a que as pessoas se afiliaram.
Existe apenas um “grande irmão” que açambarca todos os outros e
que não inspira a mesma confiança supostamente mais inocente do
momento em que as cooperativas foram criadas.
Como evitar o
problema?
Somente se afiliando se
não houver outra forma de escapar disso. Profissionais que precisam
se associar para reduzir custos como abastecimento de veículos,
compra de equipamentos e garantir a movimentação do negócio não
têm muito o que fazer. O máximo que podem fazer é pedir o contínuo
funcionamento de uma auditoria independente, rezando muito para que o
auditor não receba um “por fora” para ficar cego.
Mas servidores
públicos e outras pessoas que não vão perder nada por não se
associarem devem fugir disso. É muto importante não confundir com
sindicatos que são formados para tratar de interesses da classe e
que por ordem do Banco Central não podem ter atividades financeiras.
Mas, onde houver dinheiro, todo cuidado é pouco pois a tentação
dos diretores é muito grande.
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