segunda-feira, 15 de abril de 2013

Cooperativas de crédito, corra delas!!!...



O que são cooperativas de crédito?

Supostamente, seriam entidades criadas para satisfazer os interesses de crédito e acumulação de poupança de determinados grupos. Os empregados de uma empresa, vários pequenos investidores, pequenos produtores rurais.

Como deviam funcionar?

Pequenas contribuições mensais formariam um caixa principal, um valor inicial a partir do qual seria possível fazer alguns empréstimos. Também caberiam contribuições um pouco maiores que fariam parte do capital da cooperativa e que aumentariam a participação do cooperado no patrimônio líquido da entidade.
Também poderiam ser feitas aplicações financeiras normais, como é feito num banco de investimento. As sobras, o que seria o lucro nas operações de empréstimo e aplicações da cooperativa no mercado, seriam rateadas proporcionalmente ao patrimônio de cada participante, no fechamento do balanço, no início de cada ano, baseando-se no resultado do ano anterior.

O que pode dar errado?

O problema é que por causa da ambição, do desconhecimento ou da má intenção dos seus diretores, algumas vezes essas sobras, ou os lucros com as operações do ano anterior não são devidamente distribuídos. Depois de anos e anos pagando mais de 10% sobre o valor acumulado de patrimônio, as cooperativas têm coragem de começar a pagar somente 4 ou 5%.
Outras, pior ainda, sempre acumulam valores pequenos nos patrimônios de cada participante, que nunca reclamam pois não param para fazer as contas ou não se importam devido ao valor investido ser muito baixo.
Claro que no meio disso aí ainda pode haver várias sacanagens que não são de conhecimento público. Podem estar sendo pagos aluguéis, viagens, contas telefônicas ou várias outras “benesses” aos seus diretores ou protegidos. O pequeno investidor, a exemplo do mercado financeiro é o mais prejudicado pois não tem condições intelectuais e mesmo materiais de sequer imaginar o quanto pode estar sendo roubado.

E a lei, não faz nada a respeito, não?

A legislação é toda preparada por grupos de interesse que possuem maneiras especiais de influenciar na criação das normas. Um político bem tratado aqui, um burocrata colocado no local certo ali. E vão sendo criadas as condições plenamente legais para que não possa se criticar, muito menos processar legalmente os diretores para que a divisão dos lucros seja feita de maneira mais correta.
Recentemente o Banco Central publicou alguma coisa que proibiu que as cooperativas pagassem mais que  a taxa selic como remuneração de seus sócios. Como assim? Então o lucro das empresas também deverá ser limitado? A cooperativa é uma iniciativa capitalista e que não pode ser limitada por uma canetada. Neste universo geral de sacanagem, alguns acréscimos são bem mais que um cerejinha. Na realidade, são mais uma melancia detonada em cima do bolo dos outros. 

E piora?

Claro! Antigamente, tais entidades eram autônomas e respondiam diretamente ao Banco Central. Por causa de algum evento desconhecido do grande público mas devidamente explicável por vários outros acontecimentos envolvido a política brasileira dos últimos anos, não existe mais o nome da entidade a que as pessoas se afiliaram. Existe apenas um “grande irmão” que açambarca todos os outros e que não inspira a mesma confiança supostamente mais inocente do momento em que as cooperativas foram criadas.

Como evitar o problema?

Somente se afiliando se não houver outra forma de escapar disso. Profissionais que precisam se associar para reduzir custos como abastecimento de veículos, compra de equipamentos e garantir a movimentação do negócio não têm muito o que fazer. O máximo que podem fazer é pedir o contínuo funcionamento de uma auditoria independente, rezando muito para que o auditor não receba um “por fora” para ficar cego.
Mas servidores públicos e outras pessoas que não vão perder nada por não se associarem devem fugir disso. É muto importante não confundir com sindicatos que são formados para tratar de interesses da classe e que por ordem do Banco Central não podem ter atividades financeiras. Mas, onde houver dinheiro, todo cuidado é pouco pois a tentação dos diretores é muito grande.




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