terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Até quando, classe médica??? Usurpação e loucura... Mengele não morreu...

Até onde os bons médicos e os médicos bons vão aceitar os absurdos?
Até quando a população vai aceitar a usurpação, o desespero pelo enriquecimento a qualquer preço?
Até quando a loucura vai campear nessa classe que já inspirou e inspira - poucas vezes - tanto respeito?
Quem já não viu um cardiologista bêbado à meia noite e que tinha que fazer uma cirurgia de peito aberto no dia seguinte? E a mão dele tremendo ao segurar o cigarro?
Quem já não pagou algum "por fora" a um médico?
Aquele obstetra que pediu um trocado - U$600 - a mais por qualquer motivo?
Quem já ouviu falar de gente que ficou sem atendimento por que era tratamento pelo SUS?
E os condenados do sul de Minas que deixavam pacientes com fome para morrerem mais depressa?
Depois arrancavam seus órgãos e vendiam num mercado paralelo?

Será que a matéria de que são feitos os seres desse tipo é a mesma que fazem as pessoas de bem?
Joseph Mengele, solto das amarras da civilização, cortava e costurava seus pacientes ao seu bel prazer. Transformava gêmeos normais em xipófagos. Também gostava de injetar tinta azul nos olhos que fossem de outra cor para aprimorar a raça. O senso comum trata-o como um louco. Só não se fala muito por aí é que ele continua vivo. Sua verve destruidora e impiedosa continua sua eterna luta para reduzir a espécie humana a um lego, um brinquedo de montar feito de sangue e de carne. O sangue de mengele corre nas veias dos usurpadores e dos desumanos.
Às vezes essa usurpação se confunde com a loucura. Andam uma ao lado da outra, mas várias vezes parecem agir separadas. Veja-se um pouco da loucura: 
E a médica que batia as cinzas de cigarros nas feridas dos pacientes? Também desligava aparelhos daqueles que lhe poderiam render uma nova vaga a ser preenchida com maiores possibilidades de lucro? Verdade? Mentira? Exagero?
Então, por que é que ela está presa?
Por que tanta falta de consideração com o Ser Humano?
E o dinheiro pago por procedimentos que já estariam cobertos, e bem cobertos pelos planos de saúde?
Por que é natural que um anestesista tenha um avião? Herança?
E os 14 empregos que o mesmo médico possuía no sul de Minas?
Por que um ortopedista no Maranhão tem que ganhar R$35.000,00? Oferta e procura? Mas de quê? De grana, de dinheiro... Ou de poder?  
Será que tudo vai ficando esquecido? Quantos terão que morrer para que se descubra algo a fazer?
Qual a instância para se reclamar dos abusos? Qual o conselho profissional que vai se indispor com seus afiliados? Erros e mais erros são cometidos. Absenteísmo exagerado, agressões verbais e humilhações impostas a pacientes da rede pública. Ausência de profissionais para várias funções dos hospitais públicos e ninguém faz nada. As instituições que deveriam trabalhar para trazer alguma solução não se manifestam como deveriam. Acaba que o Estado é que tem que assumir mais essa função. E acabar por fazer do jeito meia boca que já faz a maioria das coisas....

O pior é que o círculo vicioso já chegou a um ponto em que até nas universidades já deve existir um discurso em torno da grana que se pode ganhar desse ou daquele jeito. Provavelmente a onda da vez possa ser os procedimentos mentirosos ou desnecessários. Ou outro tipo qualquer de esquema como receber para ter dedicação integral e trabalhar em 10 empregos. O que importa é a casa na praia, o iate, a fortuna acumulada...
E os profissionais honestos haverão de se perguntar: "Por que eu devo trabalhar direito e não usurpar, não me aproveitar de ninguém se todo mundo faz alguma coisa e nunca é pego?". Há de se chegar ao ponto de o médico honesto se sentir idiota, incompetente e até sofrer represálias na própria família por não ser tão esperto quanto a maioria.
A inversão de valores é tão grande que a excelência na preparação profissional se confunde com a excelência também, na arte de abusar do poder que a profissão concede. Onde deveria haver luz é a escuridão que se propaga...
Esperança? Tênue de que algumas iniciativas boas possam geral resultados. Talvez a imprensa motive os conselhos a traçarem estratégias. Talvez os políticos se lembrem de criar normas mais coercitivas e que incluam esse tipo de conduta entre os crimes hediondos. Talvez não aconteça nada.
O povo é forte. Uma perda de um familiar aqui, outra ali não é que vão fazer o verdadeiro ser humano ficar menor. Não. Menores ficam as pessoas que se rendem às paixões, ao devaneio de poder. Seja ele representado pelos valores financeiros e a desesperada, desavergonhada e desumana busca pela riqueza. Essa diminuição do Ser Humano pode ser também representada pelo desumano tratamento dado aos pacientes e que toda hora se vê na media.
Claro que há os heróis. Aqueles rostos cansados, o corpo encurvado para a frente, a aparência tranquila dos que recebem apenas pelo que fazem. Os chefes de setores de queimados de um pronto socorro, o clínico que trabalha no município há anos, o médico do PSF  que vai na casa dos velhinhos de madrugada. Existe de tudo. Tudo de bom e tudo de ruim. Mas é o mal que se deve denunciar: 
Joseph Mengele não morreu. Ele está aí, de roupa branca, vivendo pelos consultórios, UTI's e hospitais desse país inteiro... É só procurar... Só que agora ele não é um idealista, ele quer dindin, grana, muito e muito dinheiro...

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